domingo, 29 de junho de 2008

Fanatismo

Minhálma, de sonhar-te, anda perdida

Meus olhos andam cegos de te ver!

Não és se quer razão do meu viver,

Pois que tu és já toda a minha vida!



Não vejo nada assim enlouquecida...

Passo no mundo, meu amor, a ler

No misterioso livro do teu ser

A mesma história tantas vezes lida!



"Tudo no mundo é frágil, tudo passa...

"Quando me dizem isto, toda a graça

Duma boca divina fala em mim!

E, olhos postos em ti, digo de rastros:

"Ah! Podem voar mundos, morrer astros,

Que tu és como Deus: Princípio do Fim!..."

Florbela d'Alma da Conceição Espanca tem hoje seus versos admirados em todos os cantos do mundo, diferentemente do que aconteceu quando ainda viva, época em que foi praticamente ignorada pelos apreciadores da poesia e pelos críticos de então. Os dois livros que publicou, por sua conta, em vida, foram "O Livro das Mágoas" (1919) e "Livro de "Sóror Saudade" (1923). Às vésperas da publicação de seu livro "Charneca em Flor", em dezembro de 1930, Florbela pôs fim à sua vida. Tal ato de desespero fez com que o público se interessasse pelo livro e passasse a conhecer melhor a sua obra. Dizem os críticos que a polêmica e o encantamento de seus versos é devida à carga romântica e juvenil de seus poemas, que têm como interlocutor principal o universo masculino.

sexta-feira, 27 de junho de 2008

O BODE QUE NÃO FOI PARA A PANELA



O ser humano é mesmo engraçado, consegue oferecer tanto amor a um animal quanto exterminá-lo
No interior do nosso estado, Sergipe, um morador de Riachão do Dantas comprou um bode para fazer uma buchada, prato muito gostoso e que eu recomendo a quem nunca provou.
O dono do bode percebeu algo diferente no animal, ele interagia com as pessoas, participava dos eventos da cidade, de festas na praça principal e até mesmo velórios. Bito, esse era o nome do Bode, não tinha cerimônia, até esperar o ônibus todos os dias às 5h da tarde fazia, lógico, como era um bode, ganhava sempre uns presentinhos dos motoristas e cobradores, guloseimas.
Com a desistência do dono de colocar Bito na panela, que conquistara um lugar de respeito, carinho e admiração no coração dessa população.
Uma vez tive um gatinho que também fazia parte da família, quem já teve um animal de estimação sabe do que estou falando.
Mas Bito acabou falecendo, assim como meu gatinho, por morte natural e não por morte matada, como seria a princípio. E ao invés de deixar seu dono satisfeito pela alimentação o deixou triste por perder um amigo e companheiro.
Vá com Deus bode Bito!

Lucas Moraes (7ª série)